Obras e Produtos

Esta linha do tempo destaca as principais obras e produtos desenvolvidos no âmbito da CODEPLAN ao longo dos anos e oferecidos à gestão e à população do Distrito Federal como ferramenta e insumo para o seu desenvolvimento e gestão.

Primeiros estudos

Índice de custo de vida (ICV) & Revista “Indicadores Conjunturais”

Gráfica

Cartografia e Fase dos projetos de engenharia

Sistema de Sinalização

Anuário Estatístico

Estudos das potencialidades dos municípios da região geoeconômica de Brasília

Levantamento Socioeconômico das atividades familiares (LECON)

SEACI (156)

Departamento de Transportes Urbanos

Geoprocessamento

Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED)

Produto Interno Bruto (PIB)

Núcleo de demografia

Pesquisa domiciliar de transportes

GDF Net

Pesquisa distrital por amostra de domicílio (PDAD)

Estudos metropolitanos (PMAD)

Prêmio CODEPLAN de Trabalhos Técnico-Científicos

Recuperação de acervo

Boletim COVID-19

Pesquisas contemporâneas

1967 – Primeiros estudos

Os primeiros estudos realizados pela CODEPLAN eram, de modo geral, nascidos de interesses do Governo Federal e da comunidade local e tinham cunho essencialmente econômico-social.

Em 1967 o “Diagnóstico da Esfera Pública do Distrito Federal”, configurou o trabalho inaugural da companhia. Além disso, a CODEPLAN realizou a Sistematização das Séries Estatísticas Básicas do Distrito Federal, elaborou e divulgou os Diagnósticos Setoriais, que culminaram no I Plano de Desenvolvimento Integrado do Distrito Federal; e produziu ainda o Orçamento Plurianual do Distrito Federal.

No ano de 1968, a companhia dá início à Pesquisa de Orçamentos Familiares – POF, que consiste em uma radiografia de Unidade Familiar do Distrito Federal por localidade urbana, segundo diferentes níveis de renda. Essa pesquisa permitia o levantamento de hábitos de consumo, de compra, o padrão habitacional, o nível de conforto, de instrução, entre outros dados importantes. A pesquisa seria complementada, posteriormente, em 1972, mesmo ano em que se iniciaram os estudos e pesquisas para acompanhamento do setor da construção civil no DF, com o objetivo de levantar o volume de obras e o nível de emprego, o que permitiria ao Governo a programação da execução de suas obras.

1972 – Índice de custo de vida (ICV) & Revista “Indicadores Conjunturais”

No ano de 1972, em convênio com o Governo do Distrito Federal, a CODEPLAN implanta o “Índice de Custo de Vida (preços ao consumidor)”, um indicador do comportamento dos preços a nível de varejo da cesta de bens e serviços consumidos pela população. Esse projeto permitia acompanhar o nível do poder aquisitivo da família e dar ao Governo a oportunidade de adoção de políticas que visassem amenizar o sacrifício econômico das famílias brasilienses.

A partir do mês de maio, então, a Companhia passa a calcular e divulgar mensalmente o ICV de Brasília, com o objetivo de medir a variação mensal dos preços médios dos bens e serviços da Cesta Básica de consumo das Famílias com renda de até oito salários mínimos regionais.

Vale destaque que esse ano marca, ainda, o início da publicação trimestral da Revista Indicadores Conjunturais, que acompanhava a conjuntura, de maneira dinâmica, do comportamento da economia do Distrito Federal. Assim, a revista analisava periodicamente indicadores de preços e salários, da indústria, de serviços, de infraestrutura, e indicadores financeiros, além de produzir análises de estudo especial e uma série das estatísticas básicas para o planejamento.

Depois de ser descontinuada, a revista é retomada em 2012 com novo nome, passando a se chamar Brasília em Debate.

1973 – Gráfica

Antes ainda da era da informática, o Governo do Distrito Federal encontrava dificuldades para promover a circulação dos trabalhos gráficos que desenvolvia. O GDF promove, então, a compra dos equipamentos necessários para suprir essa demanda e os aloca na CODEPLAN que, com o objetivo de desenvolver seu Centro Gráfico, em outubro de 1973 realiza as primeiras contratações de pessoal especializado.

Assim, a Companhia passa a produzir e dar vazão a produções que compunham as políticas de desenvolvimento do DF de então, como o primeiro Plano Nacional de Telecomunicações, o primeiro Roteiro Turístico do Distrito Federal, produzidos pela então Diretoria de Planejamento da CODEPLAN, serviços que seguiu desempenhando ao longo dos anos seguintes.

1975 – Cartografia e Fase dos projetos de engenharia

Uma segunda fase dos estudos da CODEPLAN pode ser identificada a partir de meados dos anos 1970, e pode ser denominada como uma fase dos “projetos de engenharia”.

Era uma época que se impunha como um desafio urgente ao Governo do DF o atendimento à grande demanda por áreas, provocada por pequenas e médias indústrias que desejavam operar no Distrito Federal. Em paralelo, a região via a proliferação de pequenas indústrias que se instalavam em locais impróprios e sem recursos operacionais adequados, causando transtornos urbanos em Brasília e demais Regiões Administrativas, o que exigia a realocação desses empreendimentos em uma localização mais funcional.

Um segundo desafio concomitante era o aproveitamento do contingente numeroso de mão-de-obra com baixa qualificação que continuava chegando à capital, e que seria maciçamente dispensada do setor da construção civil tão logo começasse a prevista diminuição das obras públicas e particulares no Plano Piloto e nas demais regiões.

Diante desse cenário, com o objetivo de iniciar a instalação de um setor industrial capacitado para sanar, a curto e médio prazo, as dificuldades que já se manifestavam, o Governo encarrega a CODEPLAN, em 1975, de produzir estudos que proporcionassem um instrumental necessários. Dessa encomenda, nasce o estudo “Setor Industrial da Ceilândia”, que inaugura essa fase de estudos da companhia.

No mesmo período, diante da inexistência de mapeamento de boa qualidade em escalas grandes do Distrito federal, a CODEPLAN propõe ao GDF a elaboração e implantação do Sistema Cartográfico do Distrito Federal – SICAD, que pelos anos seguintes passaria a operar junto com o planejamento e oferecer ao público em geral plantas e mapas do Plano Piloto, das demais Regiões Administrativas e de algumas das cidades da sua Região Metropolitana. O SICAD consistia em uma base cartográfica única para os projetos físico-territoriais, tornando-se uma referência oficial obrigatória para os trabalhos de topografia, cartografia, demarcações, estudos, projetos urbanísticos, controle e monitoramento do uso e ocupação do solo no Distrito Federal.

Correndo em paralelo com esse projeto, foi projeto em 1975 e implantado no ano de 1977 o Cadastro Técnico do Distrito Federal, que também ajudaria a dotar a Administração, em suas diversas áreas, de instrumentos para planificação físico-territorial, elaboração de projetos urbanísticos, controle do uso e ocupação do solo, planificação e controle de equipamentos e serviços urbanos, etc. O cadastro continha dados da infraestrutura, como rede de água potável, rede elétrica, rede de esgoto sanitário, rede de telefone, rede de águas pluviais e semáforos.

1976 – Sistema de Sinalização

Em 1976, o Distrito Federal tinha uma população de mais de 500 ml pessoas, e o fluxo de turistas aumentava, o que despertou nos técnicos e estudiosos da CODEPLAN a necessidade de elaborar e implantar um sistema de sinalização próprio no DF, adequado a seus habitantes.

O objetivo final desse trabalho foi, através de um conjunto integrado, organizado e coerente de mensagens, e seus respectivos suportes de transmissão, colaborar para uma circulação segura, transmitindo confiança ao usuário no domínio do espaço urbano que ele utiliza. O sistema deveria atender às necessidades de 1) orientar seguramente o motorista e o pedestre quanto aos destinos a serem tomados e a identificação dos locais procurados e 2) racionalizar os fluxos de veículos, com a consequente ordenação do tráfego, com regulamentação conveniente de uso do sistema viário, contribuindo para uma circulação mais racional, economia de combustível e melhor qualidade da paisagem urbana.

1977 – Anuário Estatístico

Em 1977 inicia-se a publicação do Anuário Estatístico do Distrito Federal, cujas séries estatísticas indicam os diferentes segmentos da população, da economia do Distrito Federal, dos equipamentos urbanos, das redes de serviços públicos, entre outros conjuntos de dados compilados. Assim, o Anuário Estatístico passa a subsidiar o planejamento público e privado, constituindo-se, ainda, em fonte de consulta e interesse de estudiosos da realidade econômica e social do DF.

A publicação anual contava com séries dos últimos cinco anos, seguindo a metodologia adotada para o anuário Estatístico do Brasil, que era feito pelo IBGE. Sua atualização se fazia através da busca de informações junto aos órgãos produtores.

O último número publicado do Anuário Estatístico do DF pela CODEPLAN correspondeu ao ano de 2019.

1980 – Estudos das potencialidades dos municípios da região geoeconômica de Brasília

Estudo realizado com a finalidade de proceder a um diagnóstico dos municípios localizados no entrono do Distrito Federal e que pertenciam à Região Geoeconômica de Brasília.

Nesse trabalho foram estudados aspectos físicos, a infraestrutura urbana e rural, os aspectos socioeconômicos, além de se levantar as potencialidades e problemas de cada município. O estudo foi publicado em 22 volumes, d=sendo que um deles foi dedicado à análise dos aspectos físicos e outro aos aspectos socioeconômicos dos municípios de Cristalina (GO), Formosa (GO), Luziânia (GO), Unaí (MG), Padre Bernardo (GO), Alexânia (GO), Pirenópolis (GO), Corumbá de Goiás (GO), Cabeceiras (GO) e São João D’Aliança (GO).

1981 – Levantamento Socioeconômico das atividades familiares (LECON)

Pesquisa que teve como principal objetivo atualizar os pesos dos bens e serviços componentes da Cesta Básica utilizada no cálculo do Índice de Custo de Vida (preços ao consumidor). Além de atualizar informações como renda, consumo de bens e serviços, hábitos de compras, veículos de comercialização, além de estudos setoriais referentes a educação, saúde, habitação, transporte e segurança pública.

Entre os anos de 1991 e 1992, foi realizada uma segunda edição da pesquisa, que foi denominada LECON II.

1984 – SEACI (156)

O Serviço de Atendimento ao Cidadão (telefone 156) foi implantado na CODEPLAN em 1984, destinado a criar um canal de comunicação permanente entre o Governo e a Comunidade, oferecendo serviços como consulta da base de dados, orientação sobre procedimentos em relação ao GDF, registro de reclamações e sugestões, pesquisa de opinião e registro de solicitações de serviços, realização do tele agendamento de vistoria de veículos, divulgação do resultado da UnB, fornecimento de informações sobre concursos e sobre Indicadores Econômicos e, mais tarde, realização de matrículas de alunos na Rede Pública de Ensino.

1986 – Departamento de Transportes Urbanos

Diante da necessidade identificada pelo Governo do Distrito Federal de organizar um núcleo especializado que pudesse gerenciar e desenhar as políticas de transporte do DF, a concertação política desenvolvida então encontrou na CODEPLAN a possiblidade de contratação da mão de obra especializada de que necessitava o Governo. Os técnicos selecionados pela equipe responsável foram contratados pela Companhia e pela TCB, e cedidos imediatamente ao GDF, para o recém-criado Departamento de Transportes Urbanos, dentro da então Secretaria de Serviços Públicos, que acabou sendo o embrião da futura Secretaria de Transportes. A relação da equipe com a CODEPLAN, além do vínculo original dos contratos de trabalho dava-se, ainda, pelo fato da Companhia ser a responsável pelo desenvolvimento das pesquisas que subsidiariam o trabalho do novo departamento.

1990 – Geoprocessamento

Em 1990, tem início a implantação do Geoprocessamento, que consiste no planejamento da cidade feito com nova tecnologia, num processo de automatização de informações ágeis e confiáveis.

Ao final de 1992, são elaboradas novas disposições legais, como a Lei nº 363, de 18 de dezembro, que cria o Sistema de Informação Territorial e Urbano do Distrito Federal – SITURB, que incorporou o Sistema Cartográfico do Distrito Federal – SICAD, anteriormente criado por decreto de 1977. Esse sistema tinha a CODEPLAN como órgão central, tendo como setoriais as entidades integrantes da administração do Governo do Distrito Federal e outras, públicas ou privadas, que produzissem informações de interesse do ordenamento territorial e urbano. O SITURB consistia em um instrumento destinado a organizar e disseminar informações sobre a população, o território e as relações entre os dois, tendo como um de seus principais objetivos o de oferecer subsídios e apoio ao Sistema de Planejamento Territorial e Urbano do Distrito Federal – SISPLAN.

No ano seguinte, com a promulgação da Lei Orgânica do DF, o art. 324 ratifica o SITURB, e assegura ao cidadão o acesso às informações constantes no sistema.

No entanto, em 2000, toda a área de Geoprocessamento seria transferida da CODEPLAN para a Secretaria de Desenvolvimento Urbano – SEDUH.

1991 – Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED)

Com o objetivo de conhecer e acompanhar a situação do mercado de trabalho regional, através de levantamento sistemático de dados sobre emprego, desemprego e rendimentos da População Economicamente ativa, a Pesquisa de Emprego e Desemprego – PED foi implantada pela CODEPLAN em dezembro de 1991. Desde netão, tem sido executada mediante convênio com a Secretaria de Trabalho e com metodologia desenvolvida pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos – DIEESE e pela Fundação Seade/SP.

A partir de 2021, a pesquisa foi expandida, passando a abranger também a Área Metropolitana de Brasília.

1992 – Produto Interno Bruto (PIB)

Dentro da pasta das Contas Regionais, um conjunto de indicadores coerentes e comparáveis no tempo e no espaço que possibilitam calcular o Produto Interno Bruto – PIB de uma região, a CODEPLAN manteve, a partir de 1992, como uma de suas linhas de pesquisa permanentes, as estimativas desse valor síntese da atividade econômica do Distrito Federal, em parceria com o IBGE, contando com séries atualizadas a partir de 1980.

1994 – Núcleo de demografia

A partir de julho de 1994, a CODEPLAN passou a manter, junto com o Fundo de População das Nações Unidas – UNFPA, o Programa de Demografia para a Região Centro-oeste, visando contribuir para a inserção das variáveis demográficas nos processos de planejamento e desenvolvimento dessa região. As atividades desenvolvidas pelo Núcleo de Estudos Populacionais envolveram a parceria com inúmeras instituições que trabalham com a questão populacional, dentre elas o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, a Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados – SEADE, o Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional da Universidade Federal de Minas Gerais – Cedeplar/UFMG, entre outras.

Os estudos populacionais objetivam pesquisar e analisar a dinâmica populacional do Distrito Federal e região de influência, fornecendo subsídios para a introdução da variável população no planejamento socioeconômico.

2000 – Pesquisa domiciliar de transportes

A Pesquisa Domiciliar de Transportes 2000 foi composta por uma “pesquisa-base” – denominada Pesquisa Origem-Destino (O-D) em Domicílios – e complementada por oito outros levantamentos junto a fontes primárias e secundárias, destacando-se, dentre estes, a pesquisa realizada na “screen-line” (linha que separa a Região Administrativa Plano Piloto das demais Regiões) e outra realizada na “linha de contorno” ou “cordon-line” (linha que delimita a Área de Pesquisa).

Esta pesquisa foi precedida pela Pesquisa Domiciliar de Transportes 1990, que identificou em uma primeira etapa, os hábitos de viajar da população residente em domicílios particulares urbanos no Distrito Federal, complementados por informações socioeconômicas desses residentes, e, numa segunda etapa, as características das viagens interzonais, segundo o “motivo” e o “modo”, assim como os usuários dos transportes, face às diferentes modalidades existentes.

2000+ – GDF Net

A Rede One, depois nomeada GDFNet, nascida de um projeto desenvolvido em colaboração entre funcionários da CODEPLAN e do DETRAN, surgiu com o objetivo de definir a arquitetura e operacionalizar a rede do Governo do Distrito Federal, que utiliza a mesma estrutura e ferramentas da Internet, promovendo a integração e compartilhamento das bases de dados e sistemas de informação do GDF, além de elaborar projetos de redes locais, garantindo a integração na Rede Única e na Internet.

Hoje a GDFNet é a rede corporativa metropolitana de comunicação de alta velocidade dos órgãos e entidades da Administração Direta e Indireta do Distrito Federal, que interliga as unidades administrativas e unidades operacionais, permitindo a comunicação e a troca de informações seguras e acesso aos sistemas corporativos e à rede mundial de computadores.

A maior parte da infraestrutura da GDFNet é composta por fibra ótica, que é o meio mais adequado para implementação de uma rede de comunicações metropolitana de alta velocidade, que foi instalada e adquirida a partir de projetos e recursos geridos pela CODEPLAN.

2011 – Pesquisa distrital por amostra de domicílio (PDAD)

A Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios – PDAD é uma pesquisa domiciliar amostral realizada a cada dois anos pela CODEPLAN. Seu objetivo é investigar informações demográficas, sociais, de trabalho e de renda, além de atributos dos domicílios.

Hoje em dia, a pesquisa representa mais de 97% da população brasiliense, visita todas as 33 Regiões Administrativas e fornece um diagnóstico detalhado da situação de cada uma delas. A fase atual da PDAD é regulamentada pelo Decreto nº 39.403, de 26 de outubro de 2018, que alterou o Decreto nº 32.087, de 19 de agosto de 2010, que havia criado a pesquisa. No entanto, mesmo antes dessa normativa, a CODEPLAN já havia produzido uma edição anterior da pesquisa.

A PDAD de 2011, que inaugurou sua fase atual, trata-se da terceira pesquisa realizada pela CODEPLAN nas regiões administrativas do DF sobre as características socioeconômicas de sua população urbana, sucedendo a PDAD/DF – 2004 e a Pesquisa de Informações Socioeconômicas das Famílias – PISEF/DF, realizada em 1997. Responde, então, na verdade, à retomada de uma empreitada já pensada e iniciada anteriormente, mas que não havia conseguido estabelecer a regularidade pretendida para a pesquisa.

A Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios nasceu com a pretensão de ser um instrumento do planejamento das ações governamentais, tendo como finalidade a produção de informações básicas para o estudo das características socioeconômicas da população do Distrito Federal. O estudo de 2004 visava à atualização de informações disponíveis relativas ao perfil socioeconômico dos moradores da área urbana das dezenove Regiões Administrativas – RAs do Distrito Federal, assim como conhecer a realidade das novas regiões criadas em 2003/2004.

A PDAD 2004 foi realizada atendendo uma demanda da Secretaria de Estado de Planejamento. Visando manter a homogeneidade e comparabilidade dos dados levantados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, a pesquisa foi realizada adotando metodologia análoga à Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD. Em 2011, para a realização do plano amostral foi utilizado o Cadastro de Consumidores de Energia Elétrica da CEB, selecionando uma amostra de 23.000 domicílios. Em 2013, para o desenho do espaço amostral e consequente trabalho de campo foi utilizado o Cadastro Nacional de Endereços para Fins Estatísticos – CNEFE do IBGE mantendo, no entanto, a homogeneidade e comparabilidade dos dados com as PDAD’s anteriores.

Em 29 de junho de 2020, a Secretaria de Economia do Distrito Federal e a CODEPLAN publicaram a Portaria Conjunta nº 20, de 22 de junho de 2020, instituindo o Conselho Consultivo da Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (PDAD/DF) e da Pesquisa Municipal por Amostra de Domicílios (PMAD).

2013 – Estudos metropolitanos (PMAD)

A Pesquisa Metropolitana por Amostra de Domicílios – PMAD, realizada pela primeira vez em 2013, foi a primeira pesquisa a retratar, de forma ampla, o perfil socioeconômico da população e dos domicílios dos 12 municípios goianos que compõem a Área Metropolitana de Brasília.

A PMAD-2013, realizada nos munícipios de Águas Lindas de Goiás, Alexânia, Cidade Ocidental, Cristalina, Cocalzinho de Goiás, Formosa, Luziânia, Novo Gama, Padre Bernardo, Planaltina, Santo Antônio do Descoberto e Valparaíso de Goiás, teve como marco inicial o Acordo de Cooperação Técnica (ACT) celebrado entre o Governo do Distrito Federal, por meio da CODEPLAN e da Secretaria de Desenvolvimento da Região Metropolitana do Distrito Federal; o Governo do Estado de Goiás, através da Secretaria Extraordinária para o Desenvolvimento do Entorno do Distrito Federal e a Associação dos Municípios Adjacentes à Brasília (AMAB).

Com a PMAD, a CODEPLAN resgatava o seu papel em cooperar com os municípios da região geoeconômica de Brasília, por meio do levantamento de informações socioeconômicas, com vistas a apoiar o planejamento e a gestão municipal, e que teve seu ápice quando da elaboração do Programa Especial da Região Geoeconômica de Brasília (PERGEB).

A primeira edição da PMAD foi sucedida por novas edições em 2015, 2017/2018 e 2019/2020, edição em que, pela primeira vez, a pesquisa domiciliar foi realizada em todos os municípios simultaneamente, antes da pandemia Covid-19.

A regulamentação da PMAD se deu em 2018, por meio do Decreto n° 39.403, e em 2020 a Portaria Conjunta nº 20 instituiu o Conselho Consultivo das duas pesquisas PMAD e PDAD, institucionalizando a relevância dada a essa agenda no âmbito do Governo do Distrito Federal.

2015 – Prêmio CODEPLAN de Trabalhos Técnico-Científicos

Em 2015, a CODEPLAN criou o Prêmio CODEPLAN de Monografias, com o objetivo de estimular as pesquisas socioeconômicas sobre as políticas sociais e urbano-ambientais, áreas-fins da Instituição, voltadas para o Distrito Federal e a Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (RIDE).

Em 2016, em sua segunda edição, passou a denominar-se Prêmio CODEPLAN de Trabalhos Técnico-Científicos, mas manteve seu escopo original de fomento à pesquisa e às questões relevantes para o desenvolvimento do Distrito Federal. E o prêmio segue acontecendo e produzindo novas edições.

Com a mudança jurídica e de nomenclatura por que passou a instituição, a edição de 2022 do prêmio também mudou de nome, passando a chamar-se Prêmio IPEDF de Trabalhos Técnico-Científicos.

2017 – Recuperação de acervo

Em 2017 foi conformada a Comissão Setorial de Avaliação Documental – CSAD. Grande parte do trabalho da comissão se deu no empreendimento de esforços para recuperação do acervo da CODEPLAN que havia sido descartado por gestões anteriores.

A comissão foi responsável por mapear os variados órgãos para onde haviam sido mandadas as obras e o trabalho culminou em um termo firmado com o Arquivo Público do DF – ArP/DF para recolhimento das obras recuperadas e correta gestão e preservação desse material.

2020 – Boletim COVID-19

Com confirmação da chegada da pandemia de Covid-19 ao Brasil, no início de 2020, a CODEPLAN começa a produzir, semanalmente, o Boletim Codeplan Covid-19, que reúne informações sobre os casos confirmados, projeções, situação dos leitos, fluxo de viagens, deslocamento de estudantes e trabalhadores, idosos e atividade econômica. O número 1 do Boletim foi publicado no dia 21 de abril desse mesmo ano, e as publicações seguiram sua frequência até agosto de 2022.

A iniciativa fez parte de uma série de ações que a Companhia realizou como integrante do Gabinete Especial de Combate ao Coronavírus, formado exclusivamente para pensar medidas a serem tomadas pelo Governo do Distrito Federal no enfrentamento à pandemia.

2015-2022 – Pesquisas contemporâneas

Na esteira da retomada do papel da CODEPLAN, hoje IPEDF CODEPLAN, de suas funções como instituição produtora de conhecimento e dados para subsídio das políticas públicas desenvolvidas para o Distrito Federal, os últimos anos foram marcados pelo ineditismo de muitas pesquisas assumidas e propostas pela instituição, sobretudo com caráter de avaliação e recortes de política social, ambiental e urbana.

Atualmente, novas pesquisas propostas pelo IPEDF CODEPLAN seguem em aberto e em fase de desenvolvimento.

As pesquisas realizadas pelo IPEDF, junto à população de Brasília e da sua Periferia Metropolitana, são atividades frequentes e rotineira. Atualmente, as pesquisas de campo estão sendo realizadas por meio de e-mail, contatos telefônicos ou presenciais, a depender do objetivo a ser alcançado.

Quando o morador aceita responder a pesquisa de forma presencial, são cumpridas todas as recomendações de prevenção e distanciamento social, em função da pandemia do coronavírus.

Responder a essas pesquisas é de grande importância não só para o IPEDF como para a própria população, pois seus resultados, além de orientar o governo a desenhar políticas públicas adequadas à realidade da população, são fontes de informação e conhecimento da realidade social, econômica e urbana da região.

As pesquisas guardam sempre o sigilo dos entrevistados. O IPEDF não solicita que o pesquisado apresente documento pessoal nem informe dados bancários.

2022 – PDAD Rural – Pesquisa Domiciliar por Amostra de Domicílio nas Áreas Rurais

É a primeira pesquisa sobre as condições de vida da população que mora nas áreas rurais do Distrito Federal. São seis mil domicílios visitados em 208 Comunidades Rurais.

As localidades agrupadas por uso do solo são: Agricultura Empresarial, Agricultura Familiar, Assentamentos e área rural com características urbanas.

2022 – PDAE – Pesquisa Distrital por Amostra de Empresas

A PDAE 2022 é uma pesquisa inédita que busca ouvir empresas de todos os setores e de todos os tamanhos sobre a contratação e a capacitação da mão de obra no DF.

No momento, a pesquisa está em teste piloto, cujo objetivo é otimizar a coleta de dados, permitindo que possíveis erros sejam antecipados e corrigidos antes da coleta final. Para coletar os dados do piloto da pesquisa, os pesquisadores visitarão as empresas sorteadas e aplicarão um questionário eletrônico.

O objetivo é mapear as necessidades das empresas acerca da contratação e da capacitação da mão de obra no DF, permitindo que as políticas dialoguem com o que as empresas efetivamente precisam. Traçaremos, também, um diagnóstico da inserção dos jovens no mercado de trabalho, analisaremos a dinâmica de contratação e demissão no DF e realizaremos uma estimativa de quantas empresas adotam o regime de teletrabalho no DF.